O blog é dela!!

Eu sei que um dia ela me vai "matar", mas até lá vou curtindo, escrevendo sobre a melhor coisa que me apareceu pela frente depois de ser mamy, a minha Besuguinha Mariana :)

sábado, 16 de janeiro de 2010

episódios de uma gravidez

A minha rica filha, hoje tinha marcado uma ida ao hospital, mais propriamente as urgencias ( o obstreta que a segue estava de banco) para fazer uma eco, o "toque"  e o CTG. Fiz questão de a acompanhar afim de me inteirar de algumas dúvidas que eu tinha.

E assim foi. Começou por fazer o CTG, que segundo a sua opinião estava 5 estrelas, embora não acusasse contracções. De seguida fomos para as urgencias para entao ser vista pelo Dr. X. Fez o toque, e fez a eco.

Então a conclusão do médico foi a seguinte:

Estava tudo bem com a Mariana, a placenta esta bem, e o liquido amniotico também, embora continuasse mto descida, e o útero muito fechado. Confirma que a minha filha tem 38 semanas e 3 dias, e diz-lhe para voltar na proxima 3ª feira à consulta, se não acontecer nada até lá,  para marcar a Cesariana. Frizou pela 2ª vez que a pequena já não adiantava estar dentro da barriga da mãe.
Cada frase que ele dizia eu tentava memorizar, queria perceber aquilo que para mim, pelo que a Eliana me contava, eu já tinha concluído.

Ora bem, sendo prática e objectiva e nem por um momento pondo em duvida o profissionalismo e conduta ética do médico e do hospital, acredito que hajam objectivos a serem concretizados. Hoje em dia a sustentabilidade de qualquer profissão em empresas, instituições e até privados, passam por cumprir objectivos, atingir metas. E este hospital particular, não foge à regra!!

Então...Se está tudo bem com a Eliana e sua bebé, se esta com 38 semanas, não tem dilatacções, nem contracções, porque não esperar até ás 40 ou 42 semanas para eventualmente ter um parto normal. Tal como ele disse hoje, na obstetricia o que hoje é, amanha pode não ser. Kiçá a Eliana não desencaderá as contracções e fará a dilatação necessária na altura certa?? Obvio que também poderá nunca fazer as dilatações necessárias, mesmo que se opte por induzir o parto. Mas para isso terá que se esperar, e isso é o que o hospital não pretende. Ao esperar,  atingir ou não as 40 semanas, se fôr de repente, eventualmente este hospital poderá perder esta cliente, porque secalhar dirige-se para o publico mais perto e aí fará o parto. Este factor é sem duvida um objectivo, e forte!

O papel do médico é sensibilizar os pais, que até estão fragilizados com a situação, a fazer o parto umas semanas mais cedo, para não correr o  tal risco de ir parar a outro sitio.

A informação médica de que a criança já não fazia nada na barriga da mãe, já vinha da consulta de 4ª feira.
Engraçado que hoje, e antes da Eliana ser vista, enquanto aguardavamos na sala de espera, espreitamos um bebe acabadinho de nascer, na sala de neonatologia. Em conversa com o pai desta bebé, o mesmo relata-nos o que aconteceu, como foi, e às tantas diz-nos: "...a minha mulher estava de 38 semanas, e a médica disse-nos que a menina já não estava a fazer nada dentro da barriga e o melhor seria a cesariana..."

Opahhh....então?!? Já ouvi esta conversa... o médico da Eliana ja tinha dito o mesmo em relação á nossa bebé. Que coincidência não acham?

Depois deste relato, devem pensar que sou contra as cesarianas. Mas não, de todo que não!!
Quando se chega á minha idade, a qualidade de vida é uma referencia e como tal, sofrimento, dor, não tem justificação. Como tal, hoje em dia eu optaria pela cesariana, e não pensaria em mais nada.

Mas, a minha filha não quer cesariana, quer, tanto quanto possivel, um parto normal! Está a ser subtilmente induzida para uma cesariana, justificada com o tempo, com o correr riscos "desnecessários" etc. O hospital ganha terreno, pois há um aliado fortissimo nesta decisão. Enquanto a futura mãe se entrega a este dilema,  a figura do futuro pai, que num estado de ansiedade, e com a sensibilidade à flor da pele, concorda com tudo e até defende a posição do médico, porque este lhe transmite a confiança e estabilidade que ele necessita.

Obvio que se a Eliana fosse seguida no público, esperaria pelas 42 semanas, e nessa altura se nada acontecesse, seria um parto induzido e ao fim de umas horas se não nascesse, optariam pela cesariana, e porque? porque se trata de uma operação e como tal os custos são elevados e o estado não está cá para pagar operações de animo leve. Só quando não ha outra hipotese!!

Claro que nesta visita,  limitei-me a fazer uma única pergunta com tudo isto. Percebi o que tinha para perceber, e nem foi preciso fazerem-me o desenho.

Apesar da postura do médico, confio nele, acredito que é um belissmo obstetra, e acima de tudo acredito que tudo vai acabar em bem.
Por fim, espero como mãe e como mulher, que a Eliana no público, ou no privado tenha a sua filha sem sofrimento. (venha de lá a epidural ou a raqui ou qq outra que tire as dores)

Sem comentários:

Enviar um comentário

vais comentar? a sério? ;)